se amansares a noite saberás que o seu dorso finge uma pulsação
adormecida na tranquilidade do canibalismo que a consome.
finge,
finge uma trela (de curta-metragem) flagelada de autoritarismos
adornados por uma língua de sumptuosa eloquência.
finge,
e serás (aos olhos ofuscados dos teus fiéis) huris para sempre.
mas na noite nós vemos, sem deslumbramento, o que és:
uma clepsidra desidratada que se esgota em horas mortas
dentro de um templo conspurcado pela aragem ébria que a noite fermenta.
finge,
mas sabemos que vestes um traje de quimeras esfarrapadas;
tu, que agora te arrastas pelo chão poeirento da tua solidão.
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1 comentário:
hmmm... solidão.
eu estou completamente apaixonado pela minha solidão.
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