tentei encontrar o meu caminho
através das miríades de luzes,
dos bares e dos copos de vinho,
as modernas plásticas urzes.
mas perdi-me neste labirinto
pelas vielas pobres do fado,
as velocidades do absinto,
o som das estrelas alapado.
satélites observavam-me
orbitando na fria exosfera
e as multidões levavam-me
por entre a confusão austera.
colocaram-me em frente à tv
para escolher cinquenta canais,
para saber o que cada um crê
e todos eles eram iguais.
tentei encontrar o meu caminho
através dos lassos dias brancos,
mas rasgaram-me como linho
e prostrei-me nos sujos ancos.
debaixo de um pôr-do-sol tinto,
vi o progresso estagnado.
coloquei tudo o que sinto
na estabilidade do mercado.
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