Veio da apatia das nódoas negras, o mega qualquer coisa, apresentar-se como absoluto e contar como é que reocuparam o mundo:
Eram 5. Mais por vezes, mas sempre os mesmos: o Vash e os outros, como eu.
Reuníamo-nos no local do costume com as pessoas de sempre. Lutávamos calados, silenciosos nos nossos enigmas, mesmo na melancolia da chuva que apenas nos molhava o ardor de querer ser um pouco mais.
Eram desígnios superiores aqueles. A quê, não sei.
Prometíamos um mundo melhor. Parados.
Pensámos que valia a pena, mas resolvemos não batalhar. Só havia guerra nas nossas ideias e em mais lado nenhum.
Conversávamos vezes sem conta. Falámos do mesmo, dissemos diferente.
Havia fé mesmo na terra dos corações partidos.
Aceitámo-nos e com isso o nosso destino. Conquistámos amizade e agora só faltava o mundo.
E ríamos, cada um à sua maneira e no seu tempo.
Comíamos bolos, açucarando a alienação vigente: quando todos pensavam, ninguém dizia - era o pacto.
Descansámos de medo, uns renderam-se, outros não. Não houve muitas vinganças senão todas as que fizemos.
O mundo não agradeceu e que eu saiba não se importou o suficiente,
E o quengorama de paixão não levou tudo. Sobrámos nós. Só nós.
Os conquistadores do banco partido, onde alguns se sentavam nele, esfarrapado em comunhão com a solidão, partido como almas perdidas, graciosamente desprovido de graça.
A glória ainda espera paciente até que um ou todos de nós resolvam mudar o mundo. Até lá encontramo-nos com a fermentação da cevada na fermentação dos nossos espíritos enquanto o silêncio sussurra a sua vontade.
Na alegoria da noite, o ébrio sulco em alguns corações debita algumas palavras na eterna procura da verdadeira arte.
A arte de não dizer, para não saber ser infeliz, como o banco partido, tantas vezes conquistado por nós.
Omega
1 comentário:
Muito interresante....e sentido..
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