a polirritmia das septuagenárias
invade o espectro sonoro e somos
crianças perdidas em campos de gramíneas
á procura de casa
somos
um berlinde numa rampa
que vai de uma madrugada secreta
a uma noite indiscreta
o divino existe
diria eu
também neste cal estulto
em consonância com as nuvens pálidas
que assoreiam
o azul
que desliza para dentro das nossas gargantas
as mãos suaves do vento
cofiam a relva
dos grandes espaços abertos dos teus olhos
quase poderia jurar que não existe hardware no mundo
que chegámos agora a este planeta
as telhas fervilham
ao sol que cumpre o seu ritual diário
de gozar connosco lá do alto
e entre as paralaxes
que pouco mais nos ajudam a perceber
senão
que o mundo é dificil de perceber
está a tua voz a detonar-se
um gato mia
de onde não o podemos ver
como se do fundo de uma ladeira
como se atrás do nosso pânico
.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
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